quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Afinal de contas (e do ano de 2009), eu entendi...

Que as mudanças que eu espero ver dependem sobretudo de mim mesma
Que nada muda, se eu não mudar
Que as pessoas (geralmente) vão me tratar da forma como eu me vejo
E que se eu quiser ser tratada com respeito, preciso agir com respeito
E se eu quiser ser tratada com gentileza, preciso agir com gentileza
E se eu quiser relacionar-me bem com o outro, preciso gostar primeiro do relacionamento comigo mesma

Também entendi que (quase sempre) não vale à pena discutir com pessoas que tem premissas diferentes das minhas
E que de maneira nenhuma vale a pena sofrer por antecipação. Ouvi dizer um dia que cerca de 99% das nossas preocupações não acontecem

Entendi que os valores pessoais de cada um são inegociáveis, ainda que isso signifique solidão
E entendi que a solidão nem sempre é sinônimo de tristeza; ela pode também significar auto conhecimento e crescimento

Entendi, tristemente, que pessoais especiais vão sim embora das nossas vidas um dia, mas nunca dos nossos corações
E que o chorar reflete o estado da alma, e isso não é vergonha nenhuma
E que sorrir é de verdade um dos melhores remédios
E que relacionamentos precisam ser mantidos através do respeito e na base da liberdade, levando-se em consideração o espaço necessário para cada um
E entendi também que o espaço pra mim precisa ser bem amplo!

Entendi que sonhos nem sempre podem tornar-se reais
Entendi que sonhos podem transformar-se e assim tornarem-se reais
Entendi que sonhos não precisam necessariamente tornarem-se reais para serem bons
Entendi que alguns deles são bons mesmo só pra ficarem guardados na imaginação
E que alguns deles não são pra mim
E que eu não sou pra alguns outros

Entendi, ao final de 2009, que a plenitude da vida está nas pequenas coisas, na simplicidade e na riqueza dos detalhes. Na verdade e na transparência de um olhar. No abraço que vem dos braços de quem eu amo... e de quem me ama. Na sinceridade das minhas palavras traduzidas pelos meus atos. Na imensidão de poder ouvir o silêncio. E sobretudo, a plenitude da vida está na presença de Deus. Na presença daquele que criou a vida e que é a vida... e que vive em mim.

R. 24.12.2009

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