segunda-feira, 15 de agosto de 2011



Como já disse certa vez Clarice Lispector, "eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida"...

Só que eu tenho deixado de lado minha missão de auto-salvamento. E estou quase perdida. Preciso retornar. Preciso de ar. Preciso de adaptação. Preciso de calma. Da alma em calma. Sentir a brisa no rosto. Sentir o pulsar do coração em paz. Preciso segurar a minha própria mão e andar comigo mesma. Ter vontade da minha companhia e me deixar estar. Simples assim. Preciso escolher o fácil. Descomplicar. Deixar passar. Não por desleixo ou negligência, mas por amor próprio. Porque não posso oferecer o que não tenho. Mas quero ter, e sei onde buscar.

Talvez tenha sido só uma paradinha no abrigo seguro do não-pensar, até o furacão passar. Era necessário proteção afinal, e ainda é. Só que agora já foi. Até a poeira já se assentou. Já passou. E embora seja claro que outros virão, é preciso arrumar a casa. E retornar. Então estou indo. E tenho companhia... mas também estou seguindo comigo mesma.



{R. em 15.8.11}

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