quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Barco à deriva

Há um barco pequeno e simples balançando tranquilo num mar imensamente azul e profundo.

Há remos no barco, mas estão parados, ociosos.

Há um tripulante a bordo, e ele está a observar. E foi ele quem parou os remos que deveriam estar direcionando o pequeno barco.

Ele, este solitário tripulante, navegando neste imenso mar, já conhece cada movimento do seu barco. Já passou com ele por noites sombrias, por tempestades impetuosas, por dias de sol intenso, por longos dias cinza e por dias de calmaria.

De dentro do seu barco o tripulante já foi capaz de ver as mais inacreditáveis maravilhas, de corroer-se em meio às mais intensas dúvidas e de rir verdadeiras gargalhadas e de chorar as mais amargas lágrimas.

O jovem tripulante, no seu barco pequeno e simples, já percorreu distâncias e distâncias... e ele sabe por onde voltar se quiser... mas ele também sabe que há mares desconhecidos por ele, mares que abrigam águas de alegrias, de sabedoria, de encontros e de renovo. E por saber disso, o tripulante solitariamente repousou os remos no barco e o coração no Senhor dos mares. E agora, paciente e confiantemente, enquanto admira tudo que vê em sua viagem, aguarda que as águas o levem para onde ele finalmente encontrará o seu lugar, o cais onde recostará seguramente o seu barco. Até chegar a hora de começar a navegar novamente...






R. 13.10.09

O texto saiu da minha cabeça, mas a inspiração veio do coração de um amigo durante uma das nossas conversas.
Sinceramente espero ver muitas conquistas que ele certamente terá nas suas viagens pelos mares da vida. E que o Senhor dos mares, o Deus da vida, conduza-o por águas em que ele possa sempre contemplar mais e mais das Suas maravilhas...
Aliás... desejo isso para cada um dos que passam pela minha vida deixando suas pegadas de amizade, cumplicidade e certeza de que nunca preciso navegar sozinha por muito tempo!

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