Estou apreciando um momento de saudades... saudade de alguns lugares por onde passei, onde morei, lugares onde minha vida foi transformada, foi marcada. Lugares onde cresci, onde me deixei um pouco e dos quais carrego um tanto em mim. Saudades de pessoas que encontrei na estrada, assim como estou. Pessoas que dão verdadeiro sentido à palavra saudade e fazem dela som de música na minha vida. Saudade... saudade... saudade de tempos que não voltam mas que construíram a estrada e as direções para onde ir agora. Ainda que este agora não seja tão urgente quanto já foi um dia. Meu agora, agora, é embalado pelo som de vozes presentes, que disparam meu coração e me dão vontade de ficar, de absorver cada palavra e cada minuto. Meu agora é colorido com cores vivas, intensas, pintadas para a eternidade, ainda que nem todos, sempre, consigam perceber todas elas. O agora pra mim é feito de sons baixos e bem próximos, que conduzem os dias pela linha de um tempo que não vai voltar também... mas que também não irá sem ser vivido e revivido. O meu agora espera seu fim como quem espera, na janela da vida, seu sonho chegar... e espera não como estagnado no ar, mas como aquele que voa, seguindo a brisa que sopra dos Céus... e espera Naquele que é capaz de infinitamente mais do que todo o tempo poderia me dar.
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